Educação escolar como espaço de crescimento humano e intelectual com mira, ao desenvolvimento de perspectivas de mundo Sumário



Educação escolar como espaço de crescimento humano e intelectual com mira, ao desenvolvimento de perspectivas de mundo









Cristian Samuel Gomez Celada
João Paulo Lopes Do Carmo













Sumário

INTRODUÇÃO................................................................................................................
3
JUSTIFICATIVA ............................................................................................................
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OBJETIVOS......................................................................................................................
5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................
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MÉTODO .........................................................................................................................
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CONCLUSÃO..................................................................................................................
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CRONOGRAMA...............................................................................................................
13
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ......................................
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Introdução

O homem é um ser complexo, com potencialidades extraordinárias ocultas à própria pessoa. Nesse sentido, o mundo estudantil, desde a escola, passando pelas diversas facetas da vida e da personalidade, até a carreira universitária, tem o dever fundamental de fornecer os recursos adequados ao alcance dos educandos. Com isso o desenvolvimento de sua consciência crítica a respeito do valor da vida em seus diferentes aspectos: social, político, ético-moral e profissional, deve ser efetivamente garantido para sua convivência no mundo em relação com os outros. Dessa forma podemos dizer que a filosofia possui elementos importantes que contribuem na formação humana da pessoa.
De acordo com isso, o presente projeto (de estágio) pretende trabalhar a consciência da responsabilidade pela educação própria. Isto tem em vista o cultivo de uma espécie de criticidade que fomente a valorização dos estudos como forma de construir as bases essenciais para carreira profissional.
Assim, a perspectiva de mundo de cada um precisa ser enriquecida com as experiências positivas que o aluno deverá vivenciar ao longo de sua vida, descobrindo novos valores e novos caminhos que ele deverá percorrer de acordo com o seu modo próprio de pensar. Por isso o objetivo do projeto ajudará a conscientizar os alunos a responsabilidade pela sua formação acadêmica que lhes permitirá bases intelectuais sobre as quais ele construirá sua singularidade e a consciência crítica perante as múltiplas possibilidades que a existência oferece. Isto pressupõe a particularidade e diversidade da individualidade dos alunos ao perceber-se que não todos escolhem os mesmos caminhos na vida. É por isso que o objetivo principal do projeto será o de conscientizar os alunos na procura de seu caminho próprio e das bases intelectuais.



Justificativa

É importante no cenário da promoção educativa trabalhar sobre a formação do caráter do aluno, para que seu desenvolvimento como indivíduo social perpasse por projetos de alcance social, político e profissional, com uma visão crítica da realidade e do contexto em que vive. Neste sentido, a Filosofia torna-se elemento muito importante, em colaboração com as demais disciplinas, para que o jovem formando de um contexto escolar possa formar o caráter de responsabilidade em relação às realidades circunstanciais que envolve a sua vida, como o aspecto de formação de aptidões para perspectivas de vida, visando seu pleno desenvolvimento.

A Filosofia deve ser tratada como disciplina obrigatória no ensino médio, pois isso é condição para que ela possa integrar com sucesso projetos transversais e, nesse nível de ensino, com as outras disciplinas, contribuir para o pleno desenvolvimento do educando. (PCN, ano, p. 15).

Este trabalho tem em vista contribuir, portanto, com uma reflexão mais objetiva sobre o projeto de vida dos alunos, tendo em consideração as etapas finais de sua formação precedente ao ensino superior. Antes é importante que eles tomem consciência de responsabilidade sobre os estudos, os quais constituem a base académica fundamental para as carreiras universitárias.
A visão de “novos mundos” permite que os jovens estudantes de Ensino Médio reconheçam reflexivamente as oportunidades abertas para sua promoção educativa nos mais variados contextos de sua vida. O valor que eles conseguem cultivar pelos estudos, junto com a aquisição de conhecimentos, contribuirão para acumular perspectivas de vida e de mundo para seu crescimento humano e cidadão.
Em razão disso, a principal função das escolas é a transformação da sociedade e do homem. Este processo só acontecerá, pois, quando os alunos experimentem a busca da ciência, que faça com que obtenham ocasião para o conhecimento de si, do outro, das coisas e do próprio mundo. É importante, primeiramente, fazer provocação do próprio mundo em que o homem está inserido porque “fazer do mundo uma provocação é tornar a prática científica inerente ao cotidiano, uma vez que oportuniza a observação, o questionamento e a compreensão da realidade social” (SANTIAGO; SANTOS; FILHO (orgs.), 2015, p. 19).
O jovem deve ser o protagonista na produção do conhecimento, da busca pela sabedoria. É o eixo que se direciona para uma reflexão sobre seu futuro e a construção de sua pessoa, transmitindo-lhe a escola consciência dos deveres e obrigações de cidadão. Ele é o sujeito do futuro. Quando bem instruído, o jovem melhor organizará sua vida, sairá do senso comum, do condicionamento e da escuridão, e só assim haverá uma nova sociedade emancipada.

Objetivos

1.     Objetivos Gerais:

Ligar perspectiva de futuro no jovem aluno que concilie com seu projeto de vida; promover um desenvolvimento integral de sua pessoa e potencialidades, e por fim, criar espírito reflexivo acerca da visão de mundo.

2.     Objetivos específicos

·               Desenvolver as capacidades e potencialidades do jovem que vise um melhoramento de seu futuro, bem como o espírito crítico diante das circunstâncias e que ele saiba pensar autonomamente e saia da menoridade que se encontra;
·               Promover aptidões no jovem para que ele interaja com o mundo social em que vive de forma ativa e efetiva, assim como a reflexão sobre as obrigações e deveres de cidadão;
·               Trabalhar no jovem o espírito positivo sobre o mundo dos estudos e assim poder resgatar o desejo pelo conhecimento e que ele perceba que só através de uma sólida e boa educação é que poderá transformar sua realidade;




Fundamentação Teórica.

Na filosofia de Platão identifica-se dois mundos – sensível e inteligível – em que se desenvolve o cenário filosófico da teoria do conhecimento e a importância da emancipação das representações geradas pelos sentidos que não permitem aos homens contemplar a verdadeira realidade, encontrada para além dessas representações sensível, o “mundo real”. É sabido, antes de mais nada, que a Filosofia platônica é uma filosofia de sua época, em que o saber científico daquele tempo vinha se formando paulatinamente com especulações lógicas muito rudimentares, caracterizado pelas crenças e mentalidades próprias da cultura da antiga Grécia. Por isso, neste projeto não se pretende fazer uso da sua filosofia como fundamentação cientifico-filosófico, mas é possível utilizá-la como reflexão sobre os fenômenos representativos vividos na atualidade, causados pelas múltiplas mudanças científico-técnicas evoluídas com os avanços da modernidade.
Desde seus começos, o ser humano desejou conhecer, crescer e evoluir como um ser dotado de inteligência. Com essa faculdade, ele fez transformar o mundo junto com a invenção e o desenvolvimento das tecnologias. Com os avanços da medicina, por exemplo, o ser humano sanou o problema de muitas doenças, até então tidas como incuráveis; já com a comunicação massiva, o ser humano aproxima-se de realidades muitos distantes a ele. Mas por outro lado, os meios de comunicação e os veículos de acesso rápido à informação deixaram o cidadão, desde cedo, diante dos acontecimentos ao seu redor praticamente no mesmo instante em que a ação é realizada.
No contexto deste cenário evolutivo do engenho, reduziu-se muitos problemas, permitindo a melhoria de seu bem-estar e o convívio social. Porém, os meios de comunicação converteram-se em grandes problemas para ele e para a sociedade. Com acessos e meios tão rápidos e fáceis, o homem deixa de se aprofundar no conhecimento ficando apenas “no raso”, que afeta, sobretudo, a própria educação, a qual, assim, afunda cada vez mais em crises delicadas. Como causa disso, o homem não terá uma opinião crítica diante da realidade, aceitando tudo o que se lhe apresenta como verdade; com o uso exclusivo e exacerbado do senso comum não conseguirá obter uma análise aprofundada da realidade; a televisão e as redes sociais oferecem quaisquer informações que levam a insanidade humana e moral, cujo efeito é levar o ser humano a se encontrar na escuridão; as ideias estão condicionadas, o seu agir é voltado apenas para as próprias convicções, tudo se torna relativo, provocando a incerteza a respeito de seu futuro e a procura de sua felicidade, buscada mais frequentemente mediante a satisfação das inclinações (Ianni, 1989).
Trazendo para a realidade do mundo presente, utilizada como recurso de análise filosófica, a filosofia platónica pode nos oferecer os instrumentos principais para enfrentar os problemas sociais vividas por causa dessas crises.
Assim, a concepção dos dois mundos em Platão, encontrados na sua obra “A República”, serve como norteador desta pesquisa, que nos oferece um paradigma a respeito dos problemas sociais, que ele experimentou no seu tempo e que, por isso, elaborou sua teoria para procurar soluções aos problemas da polis; o caminho, para ele, é a “instrução e a educação” (PLATÃO, 1949, p. 168). A crise na educação pode ser superada se voltarmos nossas preocupações com a educação humana visto como cerne do desenvolvimento humano. Assim, os homens “se tiverem sido bem educados e se tornarem homens comedidos, facilmente perceberão tudo isto, assim como outras questões que de momento deixamos à margem” (PLATÃO, 1949, p. 178). O filósofo grego com este pensamento parece sugerir, também, que só com uma boa educação e instrução poderá transformar a sociedade.
Efetivamente, uma boa educação e instrução honestas que se conservam tornam a natureza boa, e, por sua vez, naturezas honestas que tenham recebido uma educação assim tornam-se ainda melhores que os seus antecessores. (PLATÃO, 1949, p. 168).
A educação visa com que o ser humano se desenvolva gradativamente, e assim conheça, aja e atue na vida social do Estado e na política, não só como expectador, mas como atuante no meio em que vive, além de proporcionar formas de esquivar as representações, a alienação e por vezes, o fanatismo em que o homem pode se encontrar.
Também é importante voltar para as virtudes que Platão aponta como perdidas. É necessário que os cidadãos aprendam a desenvolver a prática de três virtudes: a ciência, a coragem e a temperança (PLATÃO, 1949, p. 176-208).
Quanto à ciência o homem deve ascender seu conhecimento e sair da doxa (opinião) e ir para o mundo inteligível, estágio onde se alcança a epistéme (ciência) princípios importantes que devem apoiar a pessoa e o Estado.
Ora, pois, essa mesma qualidade, a ponderação, é evidente que é uma espécie de ciência. Efetivamente, não é pela ignorância, mas pela ciência, que se delibera bem. (PLATÃO, 1949, p. 177).
O gosto pela ciência deve ser o ponto inicial da educação, pois é por ela que se alcança a sabedoria, não como único caminho, mas como o mais seguro dos caminhos, pois nela se supõe um esforço muito grande da inteligência, fazendo com que qualquer tipo de visão distorcida seja completamente descartada, como no caso das representações, da falsa visão de mundo e até do condicionamento.
Depois da exposição de como, em Platão, o conceito de mundo inteligível se sobrepõe ao mundo sensível, e qual contribuição oferece em relação aos problemas da educação apontados aqui, adentra-se agora no pensamento de Kant. Seu pensamento se debruça detalhadamente sobre este alvo, delineando sua filosofia sobre a questão do mundo, de forma a apresentá-lo como caminho de superação da crise na educação e de educar a sociedade para emancipá-la das representações que impedem o juízo crítico sobre a realidade.
Immanuel Kant se aproxima de Platão ao falar das ciências, principalmente na medida em que todo o pano de fundo de suas ideias se circunscreve na intencionalidade de justificar a possibilidade de elaboração de uma Metafísica como uma ciência com seu processo racional apriorístico.
O mundo para Kant, ao se referir à moralidade, é marcado pela lei moral cujo conteúdo é o dever. Para ele não existe nenhuma bondade mais honesta, até mesmo nem a bondade natural, fora da vontade boa.
Neste mundo, e até também fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação a não ser uma só coisa: uma boa vontade. Discernimento, argúcia de espírito, capacidade de julgar e como quer que possam chamar-se os demais talentos do espírito, ou ainda coragem, decisão, constância de propósito, como qualidades do temperamento, são sem dúvida a muitos respeitos coisas boas e desejáveis; mas também podem tornar-se extremamente más e prejudiciais se a vontade, que haja de fazer uso destes dons naturais e cuja constituição particular por isso se chama carácter, não for boa. (KANT, 2007, p. 22).
É por isso que a vontade do homem precisa de uma orientação sob a presença da lei do dever para tornar-se um ser moral. Disto, podemos colocar dois aspectos vivenciados no contexto social: o problema da educação e a crise do homem enquanto sujeito moral, que será tratado a seguir.
Primeiramente entendido o mundo de Kant como o mundo do dever que se apoia na frase expressada máxima “aja segundo uma lei universal”, é-se preciso levar em consideração o que parece proveitoso a todos e não apenas ao indivíduo isolado e mergulhado no próprio eu; isto é, que não se apoie na própria vontade. Veremos a seguir que Kant une essa ideia com sua teoria sobre a educação. Ele desenvolveu um trabalho sobre o valor da formação do homem. Acredita que é por meio do melhoramento da educação que o homem irá também, progressivamente, atingir níveis de desenvolvimento cada vez mais altos.
Cada geração, de posse dos conhecimentos das gerações precedentes, está sempre melhor aparelhada para exercer uma educação que desenvolva todas as disposições naturais na justa proporção e de conformidade com a finalidade daquelas, e, assim, guie toda a humana espécie a seu destino. (KANT, 1996, p. 19).
Não distante desse pensamento, como notamos no filósofo grego, Platão já indicara a educação como caminho de aperfeiçoamento. Os que dela tomam posse tornam-se pessoas melhores do que os antepassados. Kant, por sua vez, nos diz que os que virem após esta geração, serão melhores ainda, sendo que os homens possuem disposições naturais para sua orientação.
Quando consideramos as disposições naturais dum ser organizado, isto é, dum ser constituído em ordem a um fim que é a vida, aceitamos como princípio que nele se não encontra nenhum órgão que não seja o mais conveniente e adequado à finalidade a que se destina. (KANT, 2007, p. 24)
 A educação, assim, transforma a pessoa e transforma a sociedade. Kant indica que é preciso trabalhar sobre esse âmbito em vista ao aperfeiçoamento do ente humano, e aponta acerca dizendo que “não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é, segundo a ideia de humanidade e da sua inteira destinação” (KANT, 1996, p. 22).
A educação para Kant consiste em que o ser humano adquira capacidades e habilidades que faça com que este pense e atue melhor na coletividade, ou seja, a educação deve servir para criar no ser humano um compromisso com a melhoria da coletividade, mesmo à custa de sacrifícios de desejos individuais.
O cerne da proposta de educação em Kant traz o imperativo categórico: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” (Kant, 2007, p. 61). Dito de outra maneira: faça somente aquilo que você possa admitir como correto para você e para os outros – nesse sentido, Kant reafirma a ética e o compromisso do ser humano como ser social. Então educação e sujeito moral, em Kant, estão ligados entre si.
Diante disso, coloca Kant a questão: “se a razão, somente por si basta, para determinar a vontade, ou se ela pode ser um princípio de determinação somente enquanto empiricamente determinada” (KANT, 2003, p. 2). Outro aspecto que o filósofo aponta é que o princípio prático está constituído de proposições que encerram uma determinação geral da vontade, trazendo em si várias regras práticas que pode orientar as ações humanas. A regra para a vontade do ser racional deve ser uma máxima cuja validade deve ser de ordem universal e não apenas de ordem particular. A regra prática é sempre um produto da razão porque prescreve uma ação como meio para o efeito. (KANT, 2003, p. 28).
Quando ele fala do imperativo, diz que é uma regra designada por um dever e que tem valores objetivos ao contrário das máximas derivadas de valores subjetivos; já do imperativo hipotético ele dirá que age necessariamente pela vontade como vontade, mas age somente em vista de um efeito desejado, pois constituem preceitos práticos, mas não leis e já no imperativo categórico dirá que é o que determina suficientemente a vontade antes mesmo que a pessoa indague se tem a faculdade necessária para o efeito desejado, ou o que deve fazer para produzir esse efeito, por esse motivo são leis, já que estão ligados à prática e são ligadas de modo contingente à vontade. É um imperativo categórico a regra que é objetiva e universalmente verdadeira, portanto, o simples querer deve ser determinado (controlado) por essa regra. (KANT, 2003, p. 28)
Portanto, o agir moral do ser humano deve ser livre de qualquer vontade pessoal, mas deve ser aplicado, na prática, como uma regra universal. Só assim o indivíduo estará agindo por dever. Nisto é o que se deve apoiar o ser humano: a ação deve ser por dever, com o que adquire a disposição de um comportamento maduro. Assim, Kant o expressa na seguintes palavras: “[...] o valor do caráter, que é moralmente sem qualquer comparação o mais alto, e que consiste em fazer o bem, não por inclinação, mas por dever” (KANT, 2007, p. 29).
Assim, a educação moral, que Kant chama de esclarecimento (Kant, 2007, p. 26), proporciona a consciência de compromisso de tal forma que supere seu estado de comodismo ante as representações alienantes que o envolve, tornando-o “menor”.
É tão cómodo ser menor. Se eu tiver um livro que tem entendimento por mim, um diretor espiritual que em vez de mim tem consciência moral, um médico que por mim decide da dieta, etc., então não preciso de eu próprio me esforçar. (KANT, 1784, p. 1).
O mundo do dever é um caminho de superação desta crise, porque nele se adquire a consciência de uma obrigação que faz do homem assumir responsabilidade sobre si e sobre os outros. Isto permite fundamentalmente que, na educação, se estimule o crescimento intelectual e moral em cuja importância percebe-se a abrangência todas as pessoas, permitindo ao homem sair do seu comodismo. A partir disso, ele poderá adquirir autonomia pela qual seja conduzido ele mesmo à reflexão para um reencontro do sujeito moral e sanar os problemas da sociedade.
É assim que com uma boa educação moral que pode se seguir um caminho de compromisso com a educação, de forma que os alunos possam desenvolver suas capacidades e habilidades para enfrentar os problemas submergidos na sociedade e encarar o mundo das representações desorientadoras e alienantes.
Metodologia
1° Etapa – Trocando ideias: Com o intuito de apresentar como o desenvolvimento do projeto se dará esta primeira etapa visa o primeiro contato e a conversa com os alunos para introduzi-los a uma reflexão acerca da realidade do homem atual, de qual perspectiva do presente cada um tem e pensar visando o futuro que os esperam.
·         Data: 17/08/2016 das 14h às 15h30.
·         Ambiente: Sala de aula do colégio Miquelina Cartolano.
·         Recursos: Projetor, som e computador.
·         Exposição: utilização de vídeos e músicas para melhor conscientização dos educandos.

2° Etapa – Conhecendo o 1º mundo: Esta segunda etapa visa apresentar para os alunos o mundo acadêmico. É momento de experiência e contato com um mundo que não está distante deles. Fazer com que se conscientizem de que este mundo é alcançável e, portanto, de que não está apenas em ideias.
·         Data: 24/08/2016 das 14h às 16h.
·         Ambiente: FACULDADE SANTA TEREZA D’ÁVILA (FATEA).
·         Recursos: transporte para levar os alunos (carros? Van? Ônibus?).
·         Exposição: apresentar de forma ativa o mundo acadêmico universitário;

3° Etapa – Conhecendo e aplicando o mundo na realidade que me encontro: Ápice das etapas, esta, portanto, visa com que o aluno perceba, de fato, com todos os seus sentidos e emoções, a experiência do ambiente acadêmico universitário. Esta etapa, ainda, tem por objetivo a aplicação em si do projeto. É fazer com que os alunos percebam que não estamos falando de um mundo inteligível que ficam apenas nas ideias, mas um mundo possível para eles e libertá-los de toda e qualquer falsa representação de mundo.
·         Data: 31/08/2016 das 13h30 às 16h.
·         Ambiente: CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO (UNISAL).
·         Recursos: teatro São Joaquim / Projetor e som para vídeos.
·         Exposição: representação de um mundo imaginado.

Conclusão.
A educação é um tema a ser tratado com urgência e seriedade. Isto acontecerá mediante uma boa e sólida preocupação pelo bem da formação humana, principalmente no que diz respeito a educação moral e intelectual. Para tanto é necessário fazer com que o jovem reflita primeiramente sobre seu estado atual de condicionamento, de prisão nas representações e das falsas verdades de mundo, donde se gera instabilidade diante das situações externas que o mundo lhes apresenta.
Fala-se aqui de um aprendizado que visa com que o jovem se liberte de tais problemas, isto é, que ele vá além do que se ensina em sala de aula e o que o mundo do senso comum apresenta. Por isso, é preciso seguir o caminho da espiteme (ciência), como sugere Platão, para superar os comodismos.
Diante disso, entende-se que é preciso apostar no jovem como sujeito de transformação da realidade, seja do mundo, ou seja das pessoas em uma nova sociedade, um novo mundo. Portanto, os dois filósofos, Platão e Kant, compreendem que o mundo das ideias e o mundo do dever se esbarram e quando unidos, auxiliam, também, para superar os problemas que se apresentem nas diversas circunstâncias da vida. Eles entendem como caminho de superação o cultivo da ciência a maneira de processo de ascensão dos próprios conhecimentos para atingir um estado de maior liberdade.
Enfim, fazer com o jovem cultive a ciência, é fazer dele protagonista de seu próprio caminho de emancipação. Assim acumula os elementos necessários para estimular mudanças diante da comunidade e diante do mundo. A educação deve garantir o aprendizado da ciência que o jovem leve para toda a vida, se posicionando diante das circunstâncias com uma atitude preparada. Assem também, ele perceba a si próprio, os outros e o mundo com uma visão de compreensão da realidade social.


Referência
IANNI, octavio. A Sociologia e o mundo moderno. Tempo social; Ver. Sociol. USP, S. Paulo, V. 1: 7-27. 1989.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. 1ª edição. Lisboa / Portugal. Edições 70, 2007.

______________. Sobre a pedagogia. Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba, Unimep, 1996.

KANT, Immanuel. Que significa orientar-se no pensamento? Trad. Artur Morão. Disponível em:
<<http://www.lusosofia.net/textos/kant_que_significa_orientar_se_no_pensamento__1786_.pdf>>

______________. Crítica da razão Prática. Trad. Rodolfo Schaefer. São Paulo, Martin Claret, 2003.

______________. Resposta à pergunta: o que é o iluminismo? Trad. Artur Morão. Disponível em:
<<http://www.lusosofia.net/textos/kant_o_iluminismo_1784.pdf>>
MAIRINQUE, Igor das Mercês. Karl Popper e a Teoria dos Mundos de Platão. Julho, 2003.
<<http://www.ufsj.edu.br/portalrepositorio/File/lable/revistametanoia_material_revisto/revista05/texto01_teoriadosmundos_platao_popper.pdf>>
Ciências humanas e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. Disponível em:                <<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasHumanas.pdf>>

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