ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA

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TemaA concepção do ser humano e a justiça na sociedade

Autor: Cristian Samuel Gomez Celada


A concepção do ser humano e a justiça na sociedade

Certamente a concepção do ser humano é uma questão muito complexa. Em diferentes campos da ciência – por citar uma área sobre o ser humano – o homem é visto de distintas perspectivas a partir das quais se partem para a realização dos propósitos das ciências (humanas). Mas a concepção do ser humano que parte desde a discussão entre o teólogo Joseph Ratzinger e o pensador Jürgen Habermas tem sido um tema de suma relevância para as questões da Antropologia com os objetivos de dar respostas aos interrogantes políticas e sociais para o estabelecimento da justiça na sociedade.
Essa problemática surge do projeto de elaboração dos direitos universais, que envolva toda a pessoa do ser humano. Tento claramente que “a fórmula mundial, racional, ética ou religiosa, com a qual todos concordam não existe” ou “é atualmente inalcançável”, se propõe uma interculturalidade da tradição religiosa e a tradição do racionalismo secular do ocidente.
Trata-se de uma integralidade de ambos pontos com a proposta da autolimitação reciproca e uma correlação entre eles e a busca de fundamentos éticos necessários para atingir a comunhão e organização do direito universal. O Homem não pode ser visto apenas como ser racional nem ligado somente ao transcendente. Isto o podemos esclarecer colocando em linhas a seguinte ponto que trata sobre os direitos humanos: os direitos humanos “não são compreensíveis sem o pressuposto de que o homem como homem, simplesmente por sua filiação à espécie humana, é um sujeito de direitos, que sua existência carrega em si valores e normas que devem ser descobertos, mas não inventados”. O homem é um ser dotado de valores e direitos que devem ser tidos em conta na busca de fundamentos éticos. Implica, portanto, uma especulação e indagação na complexidade do ser humano e sua essência (espécie humana).
Com isso, o equilíbrio que se procura nas relações humanas, nas relações de fé e razão, nas relações entre religião e Estado, etc., precisam ser fundadas nos direitos humanos. O conjunto de homens forma a sociedade, mas sem a justiça a sociedade torna-se um caos. É necessário, por isso, o reconhecimento desses valores e normas que se encontram no homem, através da educação integral das pessoas, para respeitar os direitos humanos, com o fim de estabelecer a justiça na sociedade.
Isto implica, porém, o manejo dos poderes. Já se sabe que o ser humano é um ser com poder, ou seja, com possibilidades de fazer, desfazer, reparar, destruir. Na tentativa de colocar a justiça na sociedade mundial, o poder é uma questão que se deve tratar com inteira responsabilidade e cuidado, apontando para o bem comum e a justiça.

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