4.
‘Telos’:
Bem comum
[1] Aluno do primeiro semestre do
curso de Filosofia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) –
Unidade Lorena. Este trabalho foi orientado pelo o Prof. Esp.
Douglas Rodrigues da Silva.

Entre
os fins observa-se certa diversidade. O fim da medicina não é o mesmo que o da
construção naval ou vice-versa. Em nós seres humanos “há algum fim que
desejamos por si mesmo e tudo o mais é desejado por causa dele. tal fim deve
ser o bem, ou melhor, o sumo bem”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 9). Conhecê-lo é o
mesmo que acertar o alvo e ocorrerá grande influência sobre a vida do que o
conhece.
Aristóteles
questiona-se: o que é esse bem? De qual ciência ou faculdade esse bem é objeto?
Sabe que “a finalidade dessa ciência deve necessariamente abranger a finalidade
das outras, de maneira que essa finalidade deverá ser o bem humano” e “parece
que esta é a ciência política”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 10). Ao qual não visa o
conhecimento, mas a ação e seu objetivo é o mais alto de todos os bens: a
felicidade. Esse bem “é algo próprio de um homem e que dificilmente lhe poderia
ser tirado”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 13). Podemos identificar o termo bem em
dois sentidos: 1) ser bens em si mesmos e 2) em função dos primeiros; ou bens
primários e os secundários.
Assim,
pode-se inferir que de acordo com a teoria teleológica aristotélica, a
finalidade humana, é a felicidade, pessoal e coletiva, que é o próprio bem
comum estudado pela ciência política.
Conclusão
Os
conceitos apresentados aqui de forma separada visam a investigação aristotélica
sobre o fim último das coisas. Na realidade humana, não estão tão dissecados,
misturam-se e completam-se. Separar a felicidade, de bem, de virtude e da
finalidade é só uma maneira que adotamos para nosso estudo.
“Todas as ações humanas tendem a um fim, isto
é, à realização de um bem específio; mas cada fim particular e cada bem
específico estão em relação com um fim último e com um bem supremo, que é a
feliciade.” (REALE; ANTISERI, 2003, p. 217).
O ser
humano procura ser feliz, sua felicidade está na escolha certa, no momento
certo, na meta certa e da forma certa de vivenciar tal finalidade. A busca de
ser feliz, implica o agir bem pessoalmente e coletivamente, segundo à razão, e
a finalidade das coisas: o sumo bem. Por isso, a teoria teleológia aristotélica
tem muito a oferecer ao homem do século XXI e suas maiores inquietações.
Referências
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Nassetti. São Paulo: Martin Claret,
2001.
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<https://www.academia.edu/4640176/RESENHA_%C3%89TICA_A_NICOMACO?auto=download
>. Acesso em: 22 abr. 2016.
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