Considerações finais



Ailton Martins Evangelista 
Licenciando em Filosofia Unisal 

E-mail: ailtonevang1@gmail.com
O artigo em seus pontos introdutórios apontava como finalidade mostrar um avanço e um desenrolamento a partir da Ética de Kant sobre aspectos que levariam ao protagonismo, acredita-se que conseguiu iluminar e trazer algumas linhas fundamentais deste percurso.
Uma vez que foram explorados na ética Kantiana em algumas de suas especificidades a partir de sua deontologia e explorando o processo de esclarecimento que é dado a partir da emancipação da menoridade para uma maioridade é possível perceber a maioridade como consequência desse uso da razão e assim favorecer o protagonismo. O artigo também quis apontar este caminho para os dias atuais, assim como sugestão para tantos, que como na época do início da era moderna em que escrevia Kant também se encontravam neste espaço de tutela, comodismo e não eram iniciados na maioridade por isso não viviam a autonomia, liberdade e protagonismo.
Foram trabalhados dois temas importantes que estão presentes em sua obra sobre o esclarecimento o qual trouxe os conceitos de menoridade e de maioridade e todo o procedimento de transição entre uma e outra passando por meio da experiência do esclarecimento.
Por fim após um percurso de esclarecimento é possível chegar a atitudes de maioridade que estão ligadas intimamente ao sentido de protagonismo. Na época de Kant fizeram lhe uma pergunta a respeito de que o que se viviam naquele período seria uma época de esclarecimento, a resposta de Kant foi negativa.
 Hoje diante desta mesma indagação é possível a partir de interpretações de fenômenos da sociedade percebê-la como uma sociedade carregada de menoridade, afinal ainda falta muito para que os homens adquiram uma autonomia e vivam de maneira concreta uma maioridade.


Referências
Kant. Immanuel. Fundamentação da metafisica dos costumes e outros Escritos. Trad. Leopoldo Holzbach. São Paulo: Martins Claret, 2002.
JAPIASSÚ. Hilton; MARCONDES. Danilo. Dicionário básico de Filosofia. 3ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
WALDIR. Guimarães. O conceito de dever em Kant. Revista Fragmentos de cultura, Goiânia, v. 12, n.1, p. 1-230, mar. 2002.
KEINERT. Maurício C. Kant o apóstolo da razão pura e da crítica sistemática. Revista Mente e cérebros, São Paulo, v. 1, n. 3, p.7-13, jan./jun. 2006.
MARTINS FILHO. Ives Gandira. Manual esquemático de História da Filosofia, São Paulo: LTR, 1997.

RANCIÈRE. Jacques. O espectador emancipado. In: O espectador emancipado. Trad. Ivone C. Beneditti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.

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