Vida Feliz e Infeliz
Lucas Santos Correia
O
desafio de Platão é de demonstrar de como o homem justo pode ser mais feliz que
o homem injusto, especialmente quando este, transforma-se num tirano.
Platão
afirma que o homem melhor é o mais justo e o mais feliz. Para ele o homem só
atingirá a felicidade quando abandonar o mundo A posição de Platão é clara, para ele todos os homens aspiram à felicidade. Platão
condena a busca do prazer.
A
cidade que possui um governo régio é melhor. Aquela que possui um governo
tirânico é pior. Desse modo, demonstra que não há cidade mais infeliz do que a
tirânica e mais feliz do que a da realeza.
“... para Platão, é necessário recordar (...) a tirania é
uma forma de denúncia da escravidão real e psicológica do homem, a pior forma
de domínio de um sobre o outro” (PAVIANI, pág.39-56, 2002 ).
Se
a cidade e o indivíduo se parecem, é possível considerá-los de modo alternado.
Essa relação, no entanto, não pode ser entendida a partir dos conceitos atuais
de Estado e indivíduo, pois o indivíduo encontra-se ainda dissolvido no
coletivo. Platão examina primeiro se uma cidade governada por um tirano é livre
ou escrava. Para fundamentar a análise, refere-se à alma livre ou escrava.
Depois, indaga se uma cidade tirânica é rica ou pobre. A resposta, além de apontar
a pobreza como sua característica, afirma que sua alma é insatisfeita e vive
sempre com medo.
Na
cidade tirânica algumas lamentações são comuns como: os gemidos, os sofrimentos
e os suspiros. A conclusão é óbvia: a cidade tirânica é a mais infeliz.
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