Liberdade
Lucas Santos Correia
O
mau uso da liberdade dá origem à tirania. O excesso de liberdade provocado pelos
maus governantes faz com que o povo, depois de certo tempo, os torne réu.
Quando cidadãos que obedecem às autoridades constituídas são tratados como
homens sem nenhum valor, e quando os funcionários parecem iguais aos cidadãos e
os cidadãos se assemelham aos magistrados. A liberdade em excesso provoca a
escravidão em excesso, quer para o indivíduo, quer para a polis. Para Platão a
escravidão:
“Assim, na verdade, e apesar do que pensam certos
indivíduos, o verdadeiro tirano é um verdadeiro escravo, condenado a uma
baixeza e a uma servidão extremas, e o adulador dos homens mais perversos,
pois, não podendo, de maneira nenhuma, satisfazer os seus desejos, parece,
àquele que sabe ver o fundo da sua alma, desprovido de uma quantidade de
coisas, e na verdade pobre. Ele passa a vida num terror contínuo, sujeito a
convulsões e a sofrimentos, se é verdade que a sua condição é semelhante à da
cidade que governa. Mas ela assemelha-se a ele, não é?” (PLATÃO, A República,
pág. 278, 2010).
Nos
próximos tópicos apresentarei com base nos discursos de Platão algumas virtudes
que para ele são essências para não cair na tirania. O viver na polis: feliz,
justo, promovendo a justiça, cumprindo com as leis, são virtudes fundamentais.
Para o homem
conseguir chegar à felicidade, será pela prática da virtude que Platão
considera como a coisa mais preciosa do mundo. “Todo o ouro que existe em cima e
embaixo da terra não é suficiente para ser trocado pela virtude”.
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